quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Cefaleia e Enxaqueca: Entenda os Sintomas e Como a Alimentação Pode Influenciar as Crises

As dores de cabeça são uma das queixas mais comuns na população mundial, afetando pessoas de todas as idades e estilos de vida. Entre elas, destacam-se as cefaleias, que são as dores mais frequentes e podem variar em intensidade e localização, e a enxaqueca, uma condição neurológica mais complexa e incapacitante.

Este artigo detalha as diferenças entre esses dois tipos de dor de cabeça, seus sintomas característicos, fatores desencadeantes e o papel da alimentação no agravamento ou no controle dessas condições.


O que são Cefaleias?

A cefaleia é o termo médico geral para dor de cabeça e engloba várias categorias, das mais simples às mais complexas. As cefaleias tensionais, por exemplo, são as mais comuns e geralmente estão associadas ao estresse, fadiga, má postura, tensão muscular e alterações no sono.

Características da cefaleia comum:

  • Dor contínua ou em pressão, frequentemente descrita como “aperto” ao redor da cabeça

  • Intensidade leve a moderada

  • Geralmente afeta ambos os lados da cabeça

  • Pode durar de minutos a horas

Embora desconfortável, a cefaleia comum raramente cause incapacitação total.


O que é a Enxaqueca?

A enxaqueca é uma doença neurológica crônica caracterizada por episódios recorrentes de dor de cabeça intensa, geralmente acompanhada de sintomas associados que impactam fortemente o dia a dia do paciente.

Principais sintomas da enxaqueca:

  • Dor intensa, aguda e pulsátil, geralmente localizada em um lado da cabeça

  • Náuseas e vômitos frequentes

  • Sensibilidade aumentada à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia)

  • Aura visual: em cerca de 20% dos casos, aparecem distúrbios visuais como luzes piscantes, manchas ou linhas em zigue-zague que antecedem a dor

  • Duração que pode variar de 4 horas a 3 dias

Além do impacto físico, a enxaqueca pode causar forte impacto emocional e social, levando à redução da produtividade e qualidade de vida.


Por Que a Alimentação Importa?

Embora ainda não existam alimentos que previnam ou curem definitivamente a cefaleia ou a enxaqueca, vários estudos científicos apontam que certos alimentos podem desencadear ou agravar as crises. Conhecer e evitar esses alimentos é uma estratégia importante para reduzir a frequência e a intensidade das dores.

Alimentos que podem agravar as dores de cabeça:

  • Bebidas alcoólicas: O álcool, principalmente vinho tinto e cerveja, pode dilatar os vasos sanguíneos e desencadear inflamação, o que facilita o aparecimento das crises. Além disso, o álcool pode causar desidratação, outro fator que favorece dores.

  • Café e chás estimulantes: A cafeína, quando consumida em excesso ou de forma irregular, pode aumentar a irritabilidade dos vasos sanguíneos e provocar dor. Por outro lado, em doses moderadas, a cafeína pode ajudar a aliviar dores já instaladas, mas o abuso é prejudicial.

  • Proteínas em excesso: Dietas desequilibradas, com consumo excessivo de proteínas, podem interferir no metabolismo do sistema nervoso, afetando a neurotransmissão e a resposta inflamatória.

  • Chocolate: Contém feniletilamina e cafeína, que podem agir como gatilhos em algumas pessoas predispostas.

  • Sorvetes e alimentos muito gelados: O choque térmico no palato pode causar a chamada “dor de cabeça do sorvete”, um tipo rápido de cefaleia.

  • Mariscos e frutos do mar: Podem conter altos níveis de histamina e outros compostos que provocam dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais.

  • Queijo curado: É um dos principais desencadeadores da enxaqueca devido à presença da tiramina, um aminoácido que estimula a liberação de neurotransmissores vasodilatadores, provocando dor intensa.


A Substância Tiramina e Seu Papel na Enxaqueca

A tiramina é uma substância produzida durante o envelhecimento ou fermentação de certos alimentos, como queijos curados, embutidos, alguns vinhos e até alimentos fermentados em geral.

No cérebro, a tiramina pode:

  • Estimular a liberação de noradrenalina, um neurotransmissor que causa constrição e posterior dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais, mecanismo que está ligado à sensação da dor da enxaqueca

  • Provocar alterações na transmissão neural que intensificam o desconforto

Portanto, para pessoas com histórico de enxaqueca, a redução ou eliminação do consumo desses alimentos pode ser decisiva para a diminuição das crises.


Estratégias Complementares para Prevenir Crises

Além do controle da alimentação, outras medidas podem ajudar a reduzir a frequência das cefaleias e enxaquecas:

  • Hidratação adequada: A desidratação é um fator comum que desencadeia dores de cabeça.

  • Sono regular e de qualidade: A privação de sono e os horários irregulares podem agravar o quadro.

  • Redução do estresse: Técnicas de relaxamento, exercícios físicos e práticas como meditação ajudam no controle do estresse, importante gatilho para cefaleias.

  • Evitar jejum prolongado: Manter uma alimentação regular ajuda a estabilizar os níveis de glicose e evitar crises.


Quando Procurar um Médico?

Se as dores de cabeça forem muito frequentes, intensas ou acompanhadas de sintomas neurológicos (como perda de visão, fraqueza, confusão mental), é fundamental buscar atendimento médico especializado para diagnóstico e tratamento adequado.


Considerações Finais

A cefaleia e a enxaqueca são condições complexas que envolvem múltiplos fatores, incluindo predisposição genética, aspectos neurológicos, emocionais e ambientais. A alimentação desempenha um papel importante no desencadeamento das crises e, ao conhecer os alimentos que podem piorar esses sintomas, é possível adotar estratégias eficazes para diminuir o impacto das dores na vida diária.



 

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